quarta-feira, 17 de junho de 2009

Igreja de Ouro Preto é eleita maravilha portuguesa

A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis da Penitência, em Ouro Preto, foi eleita uma das sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo, em concurso realizado pela “New 7 Wonders Portugal”, empresa que também organizou a declaração oficial das Novas 7 Maravilhas do Mundo. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira(10), em Portugal.Concorreram à disputa 27 bens de 16 países, sendo seis deles do Brasil. A escolha foi feita por meio de votação no site www.7maravilhas.pt , onde cada internauta pôde escolher sete monumentos dentre os 27 listados.
Os monumentos concorrentes foram definidos de acordo com o valor histórico e patrimonial de origem e influência portuguesa no Mundo, sendo que alguns deles têm a chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio da humanidade e outros, poderão tê-la no futuro.Após o anúncio, a secretária de Estado de Turismo, Érica Drumond,a disse que a Igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto, é um monumento de grande valor histórico e cultural para Minas Gerais. “Com a premiação, nosso Estado ganha mais visibilidade e mais proximidade com Portugal.
Nossa meta agora, em nossa política pública de promoção e divulgação internacional é estimular que o português e o europeu conheçam a Igreja de São Francisco, assim como todo acervo cultural e natural que Minas Gerais tem a oferecer”, comemorou.
A secretária lembrou ainda que Minas Gerais abriga cerca de 60% do patrimônio histórico do Brasil e que, entre suas singularidades, possui rico conjunto arquitetônico representativo do sistema colonial luso-brasileiro.

A igreja construída em estilo rococó constitui uma etapa posterior na evolução do barroco mineiro. A obra teve início em 1766, com projeto arquitetônico, risco da portada e elementos ornamentais como púlpitos, retábulo-mor, lavabo e teto da capela-mor da lavra de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. As pinturas são de Manuel da Costa Ataíde, outro importante artista do barroco mineiro.Os dois artistas, Aleijadinho nascido em Vila Rica (hoje Ouro Preto) e Mestre Ataíde em Vila do Carmo (hoje Mariana) são considerados os dois mais importantes nomes da arte colonial brasileira.

No Brasil também foi escolhida como “Maravilha” a Igreja e Convento de São Francisco de Assis e Ordem Terceira de Salvador (BA).

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Mudanças no Fundo Estadual de Cultura

Da Ascom/ SEC

A realização de treinamentos sobre o edital 2009 do FEC - Fundo estadual de cultura entrou em vigor no dia nove de junho. A secretaria de estado de Cultura, através da superintendência de fomento e incentivo à cultura possui o objetivo de ampliar o acesso aos recursos do FEC, no qual os treinamentos serão realizados em vários municípios contemplando todas as regiões de Minas Gerais.

Através de palestras presenciais, os treinamentos pretendem estimular e qualificar os gestores culturais e demais profissionais da área cultural para o planejamento e a elaboração dos projetos a serem apresentados em cada edital.
Inaugurando uma nova fase do FEC, o edital 2009 traz uma transformação expressiva em seus instrumentos legais e uma reestruturação em seu processo de gestão, fruto das experiências vivenciadas desde a sua criação.
Nesse contexto, destacamos a ampliação do papel da secretaria, que passa a assumir a gestão financeira do FEC, na modalidade liberação de recursos não reembolsáveis, a partir da publicação da minuta de alteração do decreto em tramitação.

A empresa vencedora do projeto irá atuar qualificando e acompanhando suas equipes na adequada gestão do projeto aprovado, aplicação e prestação de contas dos recursos recebidos e utilização de software livre, conforme orientações do edital.

A tomada de preços será realizada às 09h do dia 30 de junho de 2009. Também foi permitido às entidades de direito público apresentarem até dois projetos, sendo que um deve ter como objetivo a criação de arquivo público e valor de até R$15 mil.

Esta iniciativa evidencia o objetivo da SEC em estimular a valorização e a conservação do patrimônio histórico e cultural de cada município. Criado no ano de 2006, o fundo estadual de cultura representa um dos mecanismos mais importantes de fomento e incentivo à cultura do estado.

A importância do FEC está consolidada em seus resultados, sua atuação em prol do desenvolvimento cultural e sua presença em todas as regiões mineiras. Além de reforçar a política de descentralização das ações públicas no setor cultural, por meio do apoio financeiro às ações e projetos que visam à criação, preservação e divulgação de bens e manifestações culturais, com prioridade para projetos do interior.

Os projetos desenvolvidos pela secretaria devem ser desenvolvidos nas áreas artísticas ou culturais: I – Patrimônio material e imaterial, II – Organização e recuperação de acervos, bancos de dados e pesquisas de natureza cultural; III – a) Circulação, distribuição e III – b) Rede de infra-estrutura; IV – Fomento à produção de novas linguagens artísticas; e V – Capacitação e intercâmbio.

EDITAL FEC 2009

- Período de inscrições: 09 de junho até 17 de julho
- Orçamento 2009:. Modalidade Liberação de Recursos Não Reembolsáveis: R$9.000.000,00 (nove milhões de reais).. Modalidade Financiamento Reembolsável: R$ 7.900.000,00 (setemilhões e novecentos mil reais).

Consulte o Edital completo no site: www.cultura.mg.gov.br
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sábado, 6 de junho de 2009

Dica da redação:

Projeto A Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário e São João Batista, uma homenagem aos 105 anos de Dona Bela‏ e Curso "Os Fundamentos e os toques do Reinado"

Clique na imagem para ampliar:

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terça-feira, 2 de junho de 2009

Minas Gerais tem 1,5 mil estações ferroviárias paradas e abandonadas

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Minas Gerais tem cerca de 1,5 mil estações ferroviárias, a maioria parada no tempo à espera de restauração para entrar no eixo da preservação e se tornar espaço de cultura e lazer para as comunidades. Ao lado de São Paulo e Rio de Janeiro, trata-se do maior patrimônio brasileiro à beira dos trilhos, erguido entre o fim do século 19 e o início do 20. Para avaliar a situação desse conjunto arquitetônico, será realizado, de 2 a 5 de junho, em Belo Horizonte, um seminário, que vai também discutir formas de proteção dos bens culturais de propriedade da União e sob guarda do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Participam representantes do Iphan e Ministério Público Estadual (MPE), ambos organizadores do encontro, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Ministério Público Federal (MPF), Secretaria de Patrimônio da União (SPU), concessionárias do transporte - Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e MRS - e organizações não governamentais.Um dos exemplos da falta de cuidado e dos estragos causados pela ação do tempo está em Miguel Burnier, na histórica Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte. Quem chega ao distrito, a 35 quilômetros da sede, não deixa de ficar horrorizado com o estado de abandono do prédio, inaugurado em 1884 e batizado com o nome do engenheiro e diretor da rede ferroviária na época. A fim de evitar a derrocada da construção, o promotor de Justiça da comarca, Ronaldo Crawford, já entrou com um procedimento para apurar responsabilidades e tentar salvar a estação da derrocada - a prefeitura local já manifestou interesse em assumir a estação e fazer dela um equipamento cultural, assim como as de Engenheiro Correia e Rodrigo Silva.

Conforme o dossiê preparado pela Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico/MG, a ferrovia teve papel preponderante no distrito, que, depois da decadência do ouro, encontrou saídas na extração e exportação de manganês e produção de ferro-gusa. Em 1893, o comendador Carlos Wigg, em sociedade com J. Gerspacher e Amaro da Silveira, fundou a Usina Wigg. A estação de Miguel Burnier, portanto, foi o ponto de venda de ferro-gusa - toda a produção saía do forno, a 500 metros da partida dos trens. Em 1995, a usina fechou, a economia do distrito entrou em declínio e poucas famílias permaneceram na localidade quando os trens pararam de apitar.De acordo com o levantamento, o patrimônio ferroviário de Miguel Burnier é formado pela estação, algumas residências, alojamento, galpão, oficinas de trens e caixa-d'água. A construção atual, que inclui descaracterizações em relação à unidade original, tem estilo eclético, formato retangular, plataforma semicoberta. Mesmo com as descaracterizações, o imóvel impõe respeito, com a sua arquitetura elegante e piso de pedras. O ar de desolação só não é completo por causa das atividades culturais (feira de artesanato) realizadas pelo Projeto Estação Cultura.

Um contraponto dessa história está em São Sebastião do Rio Verde, no Sul de Minas, informa o titular da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural de Turístico/MG, promotor Marcos Paulo de Souza Miranda. "Sem necessidade de assinatura de termo de ajustamento de conduta (TAC), a prefeitura local se encarregou da recuperação do prédio e da malha ferroviária, onde, num trecho de 20 quilômetros, vai operar uma maria-fumaça. É um exemplo importante, que mostra a ocupação dos prédios históricos para uso da comunidade", afirma Marcos Paulo."As estações podem se tornar, depois de restauradas, bibliotecas, centro de cultura, museus e ponto de convívio dos moradores", acredita o superintendente do Iphan em Minas, Leonardo Barreto de Oliveira. Ele explica que o Iphan está fazendo levantamento dos imóveis - estações ferroviárias, garagens e oficinas de trens, casas e diversas edificações - que pertenciam à antiga Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), para conhecer as condições de conservação e avaliar possibilidades de destinação para fins sociais e culturais.

Mutirão quer salvar casarões históricos em Ouro Preto

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Ouro Preto – A trena desliza suavemente ao longo da parede de pedra que guarda, em mais de dois séculos, marcas do convívio familiar, de histórias da cidade e da arquitetura da antiga Vila Rica. Conferida a metragem da fachada, a equipe pede licença e entra no sobrado da Rua Santa Efigênia, no Bairro Antônio Dias, no Centro Histórico. Está na hora de verificar as condições da madeira do telhado, do piso de todos os cômodos e da estrutura da casa. Nos últimos dois meses, num sobe e desce escada diário, essa vem sendo a rotina dos estudantes que atuam na elaboração de projetos de restauração, gratuitos, para 20 residências de valor cultural de Ouro Preto, na Região Central, a 95 quilômetros de BH. O programa, pioneiro no país, é fruto da parceria entre a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), vinculada ao sistema estadual de cultura, e o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG, ex-Cefet).

Na entrada do sobrado pintado de verde e branco, a dona de casa Elizabeth da Silva Gualberto se mostra satisfeita com os levantamentos técnicos feitos pela turma, que reúne 10 alunos do curso superior de tecnologia em restauração do IFMG e cinco do Núcleo de Ofícios da Faop, a qual mantém um laboratório específico para dar suporte ao programa. Ao lado da mãe, Maria Pia, de 68, e dos três filhos, ela afirma que jamais teria condições de pagar por um projeto para recuperar o patrimônio de herdeiros: “Esse é um bem que vai ficar para os meus filhos. Por isso, temos que dar um jeito de preservar a casa, pois tem muita madeira podre, é perigoso”.

Assim como os demais beneficiados pelo programa, que leva em conta critérios como renda per capita, valor cultural do imóvel e estado de conservação, Elizabeth vai receber a planta aprovada pela prefeitura e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pelo tombamento de Ouro Preto há 71 anos. "A partir daí, vamos tentar arrumar os recursos para a obra", diz a dona de casa, com esperança. Segundo a coordenadora do Laboratório de Restauração, arquiteta Cristina Simão, o trabalho, patrocinado pela empresa Novelis, contempla aqueles que não teriam como pagar um projeto de restauração e executar as obras nas residências dos séculos 18 e 19, tão importantes no cenário da cidade, dona do título de patrimônio da humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Gustavo Werneck - Estado de Minas


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CNPC aprova regimento da II Conferência Nacional de Cultura que se realizará em março de 2010

O Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC) aprovou no último dia 14 de abril, em reunião extraordinária ocorrida em Brasília, o regimento interno da II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), que se realizará de 11 a 14 de março de 2010, na capital federal.

Os municípios terão até 30 de setembro para realizarem as suas conferências municipais e/ou intermunicipais e os estados têm prazo até 15 de dezembro para promoverem as conferências no âmbito estadual.

A conferência terá a coordenação da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (SAI/MinC) e contará com apoio de uma Comissão Organizadora Nacional e um Comitê Executivo, que serão instituídos e terão como membros representantes das secretarias e vinculadas do MinC, CNPC, órgãos e instituições parceiros convidados.

Os principais temas a serem desenvolvidos estão apoiados em cinco eixos:

  • Produção Simbólica e Diversidade Cultural, focado na produção de arte, promoção de diálogos interculturais, formação no campo da cultura e democratização da informação;

  • Cultura, Cidade e Cidadania, voltado às cidades como espaço de produção, intervenção e trocas culturais, garantia de direitos e acesso a bens culturais;

  • Cultura e Desenvolvimento Sustentável, que discutirá a importância estratégica da cultura no processo de desenvolvimento;

  • Cultura e Economia Criativa, que abordará a economia como estratégia de desenvolvimento; e

  • Gestão e Institucionalidade da Cultura, que visa o fortalecimento da ação do Estado e da participação social no campo da cultura.

Mais informações, entre em contato pelo e-mail conferencia.nacional@cultura.gov.br

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terça-feira, 26 de maio de 2009

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Jornada Mineira do Patrimônio Cultural

Uma iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura com o apoio dos municípios e de diversas instituições culturais de Minas Gerais, a Jornada Mineira do Patrimônio Cultural (arquivo em PDF - 2,3 MB) estimula a realização simultânea, em setembro de 2009, de diversos eventos de valorização da memória e do patrimônio cultural mineiro. Inserida na programação do Ano da França no Brasil 2009 e inspirada na experiência francesa das Journées du Patrimoine, realizadas naquele país, desde 1984, busca incentivar e fortalecer a participação coletiva nas ações de preservação.

Como participarA proposta é que as instituições participantes desenvolvam atividades relacionadas à preservação e divulgação do patrimônio cultural de sua cidade ou região como: exposições; seminários; cursos e oficinas; edição de livros e outras publicações; festivais de gastronomia e arte; bem como ações educativas destinadas a diferentes públicos e faixas etárias.

Para isso, preencha o formulário de adesão (arquivo em Word - 284 kb) e encaminhe-o até 20 de maio de 2009 para:
JORNADA MINEIRA DO PATRIMÔNIO CULTURAL - PROPOSTA -
Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais-IEPHA/MGPraça da Liberdade, s/nº (ed. SETOP) - 4º andar.CEP: 30.140-010 - Belo Horizonte-MG

Mais informações e esclarecimentos podem ser obtidos no telefone (31) 3235-2868 ou pelo e-mail: jornada@iepha.mg.gov.br.